Uma vez o meu avô me disse logo depois que tive meu primeiro filho, que agora não tem mais como voltar atrás, que filho é pra sempre. Não tem como deixar de ser pai. Verdade. Isso é realmente muito real. Depois que você se torna pai, não há mais como não deixar de ser. Ou como diria o grande mestre André, uma vez que você viu algo, não há como “desver”. E isso é uma realidade muito verdadeira.

Da mesma forma, e acredito que de uma maneira até mais intensa, acontecem com as mães. Numa outra situação, ouvi de um outro grande mestre da sabedoria milenar, Geraldo Rufino, que tem sua mãe como ídolo e exemplo em sua vida, que disse que as mães não morrem, elas podem ser esquecidas, mas não morrem jamais. Outra grande verdade que me fez pensar e refletir sobre o assunto.

As mães nunca morrem. Elas estão sempre ao nosso lado. Elas estão sempre com a gente, mesmo que em pensamento e sentimento. Todas as vezes que estamos sozinhos e vamos fazer algo do qual vem uma dúvida em fazer, vem em nosso pensamento a nossa mãe para saber se aquilo que vamos fazer iria ser aprovado ou não pela nossa “mãezinha”. Mãe é eterna. Mãe é sagrada. Mãe é mãe, e paca é paca, como diria uma música antiga.

Ainda nessa reflexão e referindo a algo que já escrevi, lembro de ter mencionado o lance de uma conexão mais poderosa do que o 4G, 5G, 6G, ou qualquer outro “G” superior, acredito que não haja nenhum “G” suficiente para desbancar a conexão que existe entre filhos e mães, mesmo a quilômetros de distância, do que a conexão que existe entre mães e filhos. Aquele período que ficamos conectados com o cordão umbilical que se desprende assim que saímos da barriga de nossa mãe, foi apenas um “desplugue” que ainda permanece mesmo sem o “cabo de conexão”, sendo mais forte do que qualquer “wi-fi” com quantos megas forem possíveis. Não há como comparar.

Essas ligações são tão fortes, que um simples pensar em nossa mãe, já deve levar para o coração delas, que transmite ao cérebro a sensação de que estão sendo lembradas naquele momento. E assim também deve ser para aquelas mães que já se foram, mas que continuam lá de cima olhando pela gente.

Para outras mães, não é nem preciso um cordão umbilical para fazer essa conexão. O simples fato de assumir a maternidade de um filho, já traz ao coração essa ligação. Já é feito essa ligação entre mãe e filho que passam a se amar um ao outro, mesmo não sendo biologicamente ligados. E digo isso com muita propriedade, pois tenho um exemplo muito próximo dessa conexão que funciona mesmo que não tenha existido um cordão umbilical ligado no passado. É algo mágico mesmo. Um milagre realmente. Assim como sabemos que existe o milagre da vida, que acontece quando as mães geram seus filhos, um outro milagre acontece quando as mães passam a amar seus filhos adotivos como se tivessem realmente saido de dentro dessa mãe.

Algumas crianças tem um fator legal em suas caracteristicas que fazem se conectar com outras pessoas. Sabe aquelas pessoas que você olha e pensa: “Poxa, esse poderia ser meu filho, de tanto que se parece comigo”. A gente se identifica com certas pessoas. Com aquelas pessoas que tem mais ou menos a mesma idade que a gente, pensamos em ter elas como parceiras. Aquelas que são um pouco mais velhas, desejamos que fossem nossos pais. E para aquelas que são bem mais novos, a gente imagina como seria se fossem nossos filhos. Não sei se isso acontece com as pessoas que são mais decididas, mas pelo menos comigo, em grande parte da minha infância e adolescência, eu pensava assim. Pensava. Mas hoje já não tenho mais esse tipo de pensamento por ter amadurecido e me tornado mais decidido com relação a muitas coisas da minha vida. Mas voltando ao ponto, alguns de nós passamos por essa fase mesmo, pode ser mais cedo ou ainda mais tarde já na vida adulta.

Talvez essa afinidade com determinadas pessoas, faça com que a possamos nos conectar e sentir bem ao lado de quem nos quer bem. De quem nos faz sorrir. De quem nos faz se sentir poderosos e encorajados a enfrentar o mundo, e quem poderia fazer melhor esse papel de nos dar força pra seguir em frente do que a nossa mãe. Claro que existem casos e casos, mas que no flingir dos ovos, as mães tem essa capacidade muito evidente e que nos traz esse bem.

Quando você estiver em quadra jogando, e olhar para a arquibancada e notar que sua mãe está te olhando e torcendo por você, isso te encoraja. Quando você está numa apresentação diante de um monte de pessoas, e sua mãe no meio da platéia te observando, também está te mandando boas energias. Quando você está sozinho diante de algum desafio sem ninguém ao seu lado, se simplesmente pensar em sua mãe, já será suficiente para ela saber que você está precisando dela. E então ela te mandará a força que você precisa. Você só vai precisar mentalizar esse pensamento e receber essa vibração, mesmo que venha lá do céu. Talvez por conta disso as mães são realmente sagradas.

Mesmo que para algumas pessoas o relacionamento entre mães e filhos seja um pouco conturbardo, ou que tenha pouca comunicação, ou ainda que não haja muito contato, ainda sim essa ligação é muito forte entre eles, mesmo não se dando conta disso. Uma coisa muito natural mesmo, afinal foi dessa relação que se originou um milagre. O milagre da vida. A geração de uma pessoa através de outra que guarda em sua barriga para proteger, alimentar, cuidar e dar todo o tipo de carinho e atenção para esse pequeno ser que a habita. Não é a toa que a mãe natureza faz com que as mães se tornem mais sensíveis no período desde a concepção dos filhos. A natureza é perfeita fazendo com que as coisas se encaixem perfeitramente a fim de criar e dar continuidade a vida. Algo fantástico do qual nem podemos imaginar tamanha perfeição nessa complexidade para nossa compreensão.

Para nós pais que não experimentamos a sensação de gerar a vida, mas que damos a nossa contribuição para isso, é possivel apenas imaginar como nossas mães nos cercou de amor e carinho enquanto estávamos em seus ventres. Nós podemos imaginar pelo menos um pouco de como seria o fato de nossas mães gerarem a vida, mas só imaginar, pois não seríamos capazes de suportar tais dores que elas passaram para nos trazer a vida. E daí vem toda a sensibilidade e toda a atenção aos detalhes de sua cria, onde os homens nem ao menos se dão conta desses pequenos detalhes. As mães além de uma visão aguçada de seus filhos, ainda tem a ligação direta que chega a parecer sentir o que os filhos estão sentindo. Talvez por conta disso devemos levar mais em consideração tudo aquilo que as mães dizem a respeito de nossos filhos, pois elas sabem o que estão dizendo.

A figura paterna é muito importante para a criação e o desenvolvimento dos filhos, mas as mães são fundamentais em nossa formação como pessoas que desejamos ser. As mães não morrem realmente. Estão sempre em nossa cabeça. Estão sempre em nosso consciente e inconsciente quando desde lá do útero já nos transmitia suas vibrações. As mães não morrem nunca, pois deixaram seu legado para que possamos continuar seguindo em frente. Mesmo que nossas mãe tenham partido, não tenhamos conhecido, ou que não fizeram aquilo que a gente queria, ainda sim são nossas mães. Fizeram o que fizeram por pura e extrema vontade de nos proteger do resto do mundo. E se você recebeu um “não” de sua mãe que te deixou chateado, saiba que aquilo foi para te proteger de algo que ela estava enxergando e que você não se deu conta. As mães sabem o que falam, afinal, elas nunca morrem. Estão e estarão sempre com a gente. O verdadeiro amor incondicional.

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