O ato de procrastinar adia algo que você tem que fazer ou que deixa de fazer para realizar outra coisa, geralmente mais fácil. A procrastinação posterga uma tarefa ou atividade que precisa ser feita, e por falta de uma motivação, deixamos para depois. A dificuldade de fazer algo, faz com que a gente escolha as atividade mais simples primeiro. As vezes até realizamos tarefas que não tinham tanta urgência ou importância, para não realizar as atividades que deveriam ser feitas realmente. Quantas vezes fazemos isso no dia? Quantas vezes evitamos fazer o que temos que fazer? Quantas vezes realizamos outras coisas mais fáceis a fim de deixar o que é importante para depois?

A notícia ruim é que isso se trata de uma tendência natural do homem em procrastinar, e que pode se tornar um problema com o passar do tempo. Pode prejudicar o trabalho com a falta de responsabilidade e o não comprometimento com os serviços a serem realizados. Mesmo para outros compromissos importantes que não sejam relacionados com o trabalho, também podem causar sérias consequências, como sentimento de culpa, ansiedade e a produtividade de uma pessoa em detrimento a sua realização pessoal.

O fato de se sentir culpado por não ter entregue alguma tarefa no trabalho, ou mesmo um simples dever de casa para entregar na escola, ou ainda todas as tarefas pendentes que você tem que fazer, e deixa para depois, faz com que a ansiedade aumente, nos deixando preocupados. Muitas vezes sentimos isso no final de um domingo a noite, ao notar que logo mais na segunda-feira temos uma pilha de relatórios para entregar, ou um trabalho da escola para concluir e não fizemos absolutamente nada, para poder curtir o final de semana sem realizar as tarefas “chatas”.

Aquela coisa de que “depois eu faço”, ou de “mais tarde eu fico fazendo” ou ainda “acordo mais cedo pra fazer”, não vai funcionar. Sabemos que isso não vai dar certo. Vamos fazer a atividade na correria, sem a devida atenção, e bem capaz de nem se fazer a atividade para poder contar com a esperança de que alguma coisa aconteça para justificar a nossa falha por não ter feito o que deveria.

Optamos pelos prazeres momentâneos da vida que estão passando naquele momento, e deixamos para mais tarde as obrigações. E isso acontece frequentemente e com muita gente. Até bater o “desespero” por não ter feito a tarefa antes, depois que já curtimos e aproveitamos os momentos de prazer.

Claro que nem todas as pessoas são assim. Muita gente tem consciência disso e acaba se comprometendo com a tarefa e faz o que tem que ser feito. E também existem aqueles que não estão nem ligando a respeito daquilo, que no final das contas, “aparece” alguém ou alguma situação que prorrogue a entrega da tarefa de alguma forma.

Vemos muito disso por aí e parece estar em nosso sangue, como aquele lance do “jeitinho brasileiro” para resolver os problemas. A todo momento presenciamos pessoas querendo “burlar” o sistema para poder se dar bem. E as pessoas que usam desse artifício acabam utilizando das mais variadas desculpas.

Um trabalho na escola que deveria ser entregue e não foi. Uma atrasada para entrar no teatro para ver uma peça. Um pedido para liberar a criança para brincar no parque que proíbe os maiores de brincarem. Perder a hora de fazer a prova do ENEM e “dar de cara” com o portão fechado. Deixar para o último dia a entrega da declaração do imposto de renda. Perder o prazo para renovação da carteira de motorista ou da matrícula na escola, e por aí vai. São tantos exemplos que não caberiam nesse artigo. E o fato é que estamos sempre deixando para depois, por ter trocado um momento de prazer para deixar as coisas chatas para serem feitas mais tarde. Sendo assim, a gente acaba perdendo a chance de estar seguindo as regras e buscamos alternativas para solucionar aquele problema que nós mesmos causamos, ao deixar para depois.

E isso vai se tornando um vício, vai se tornando numa tendência a ponto de fazer com que nosso cérebro se habitue a cada repetição, nos prejudicando mais e mais. O fato de deixar para depois cada atividade, vai nos deixando propensos a buscar desculpas e a nos justificar perante nossas falhas. Procrastinar nos deixa mais fracos com a possibilidade de repetir cada vez mais esse processo. E incorporamos o espírito de sempre encontrar uma desculpa para todo o tipo de problema. Nos tornamos especialistas em dar desculpas e nos habituamos a isso. A pessoa que pede desculpa se lamenta e fica até chateada por um tempo e fica prometendo a si mesma de não fazer mais aquilo (mas acaba fazendo novamente), e a pessoa que recebe a desculpa, acaba perdendo a confiança nessas pessoas, quebrando uma relação conquistada a um certo custo.

O ato de procrastinar vem sendo comentado cada vez mais hoje em dia, e deve até estar em evidência de tanto que temos feito, ou melhor, deixamos de fazer por conta de todas as tecnologias e comodismos que estamos recebendo, além de as facilidades do cotidiano. Fato de que nunca ouvíamos falar a respeito disso em alguns anos atrás, onde nossos pais, avós e bisavós se encontravam sempre na ativa. Não havia tempo para essas bobagens de hoje, aliás havia mais tempo para tudo na verdade, pois não havia as tecnologias que facilitam nossas vidas hoje. E não estamos culpando a tecnologia por isso, muito pelo contrário. Que bom que temos todas essas facilidades para melhorar nossas vidas.

Como diria o professor Cortela, estamos vivendo a “despamonhalização da vida” ao deixar de lado todas as coisas que fazíamos lá atrás nos tempos mais primórdios, com toda a calma e tranquilidade que existia. E está tudo bem isso acontecer, afinal estamos evoluindo e todas as coisas estão evoluindo. Seria ruim se isso não acontecesse para certas coisas.

Temos que nos adaptar a essas novas tecnologias e usufruir delas, mas sem deixar de realizar nossas tarefas e atividades, que mesmo podendo automatizar muitas coisas, possamos concluir outras coisas que nos motive a fazer mais pelos outros. Podemos conciliar isso tudo com a aprendizagem das novas tecnologias, utilizando dela para simplificar nossa vida, e assim poder ter mais tempo para curtir nossa família, nossos amigos e realizar tudo aquilo que desejamos como viajar e fazer nossos hobbies.

Há muita coisa acontecendo no mundo. Temos muitas coisas a fazer. Temos muitos trabalhos a executar e tudo isso vai acumulando e nos consumindo, e assim somos levados pela atividade que nos consome se tornando mais fortes do que nós. Nos rendemos ao fato de sermos menores do que essas tarefas. Nos tornamos fracos diante dessas atividades. Somos facilmente vencidos por elas, e isso não pode acontecer. Devemos ser mais fortes. Devemos ser maiores do que nossos problemas. Devemos enfrentar tudo isso para nos tornarmos mais confiantes.

Não podemos nos deixar levar pela procrastinação e ser dominados por ela. Somos mais fortes. Temos toda a capacidade para fazer e realizar as tarefas mais incríveis e inimagináveis que sonhamos. Acredite que você pode ser maior do que qualquer problema que possa ter. Se fortaleça nas suas orações. Se fortaleça nos seus valores. Procure pessoas que te geram valor, de alto astral e que elevam sua energia para poder enfrentar os problemas. Busque conhecimento para poder superar aquele desafio. Se fortaleça, e então tenha, ou melhor, receba a sua vitória perante as dificuldades da vida. E assim você se torna mais forte.

Lute e vença a procrastinação. Lute e vença a si mesmo. Confie e acredite em você que pode realizar qualquer coisa. Agora vai lá e arrebente!

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