Há diversas maneiras diferentes de se dizer a mesma coisa. Há inúmeras maneiras diferentes de se fazer uma atividade. Há “zilhões” de caminhos para se escolher. A vida com 360 graus de possibilidades de alternativas para nossas escolhas. E todos os caminhos vão te levar para algum lugar. Só precisamos escolher o caminho a seguir.

Traçar planos. Fazer planejamentos. Montar estratégias para alcançar objetivos. Tomar as decisões de qual caminho seguir. Tudo isso faz parte de nossas escolhas. Temos infinitas possibilidades para decidir. Temos total liberdade e autonomia para decidir em qual caminho seguir. É bem verdade que grande parte dessas escolhas foram feitas sem nem ainda ter uma direção certa, pois fomos na base da tentativa e erro, até saber qual seria o nosso verdadeiro propósito.

Por anos andamos como andarilhos caminhando e escolhendo rotas aleatórias sem nem saber ao certo onde isso iria te levar. Por muito tempo experimentamos muitos caminhos que deram errado. Em boa parte do tempo, tivemos a sensação de estar andando em círculos sentido que não saímos do lugar, onde somente gastamos energia numa rota que não fazia parte de nosso objetivo.

Quantas pessoas não se identificam com esse tipo de coisa? Muita gente se sente perdida diante de uma série de situações em que se desesperam por conta de ter feito uma escolha muito errada. Que se arrependeram em estar ali naquele momento. Que só houve desperdício de força naquele trajeto. Enfim, muito “bate cabeça” por aí.

Deveria ter sido assim mesmo, pois afinal, para aqueles que ainda não tinham uma meta definida, estavam procurando e experimentando atividades que poderiam se encaixar com seu propósito de vida, não quer dizer que essas escolhas tenham sido totalmente em vão. Houve uma experiência e experimentação daquilo que vivenciou.

Com todas essas experiências, a vida ia mostrando aquelas coisas das quais você teria afinidade. Embora, porém acreditamos que essa razão e esse propósito já esteja lá dentro de nós mesmos, mas que não sabemos como identificar. Ás vezes está a um palmo de nosso nariz e não damos conta disso. Pode ser que depois que descobrimos nosso propósito, ao pensar em todo o caminho percorrido, vamos perceber os sinais que deixamos passar e que eram óbvios.

Estávamos cegos. Deixamos nos levar pelos sentimentos e ansiedades, sem notar que aquilo que a gente estava experimentando fazia parte de nosso propósito. Em geral, até mesmo por estar passando ou ter feito escolhas erradas, essas mesmas escolhas podem fazer você perceber que não era o sentido correto realmente. A escolha pelo caminho errado, também nos faz perceber que estamos indo para o local errado, mais cedo ou mais tarde. O difícil é perceber ou identificar quando estamos indo no caminho incorreto. As vezes tudo parece estar indo bem, e imaginamos estar fazendo a coisa certa, quando na verdade não é aquele sentido. E como saber se estamos no caminho correto? A má notícia é que grande parte das pessoas não sabe e nem fazem ideia de como descobrir isso, como também sinto.

Depois de muito tempo pensando, analisando, buscando e depois de anos se sentindo angustiado por não saber identificar esse caminho, a ponta de uma pequena luz começa a se acender. Quero dizer que muitas vezes depois de um certo tempo tentando, ou depois de ter vivenciado muitas experiências e com o nosso amadurecimento natural, passamos a ir percebendo aos poucos o nosso caminho. É verdade que muitos já encontraram a tempos seu verdadeiro caminho e que por conta disso, fica mais fácil fazer suas escolhas por já ter um objetivo definido. Quando uma criança já percebe desde muito cedo que tem o “dom” e gosta muito de natação, e então ela decide que irá se tornar um (a) nadador (a), ela irá fazer suas escolhas com base nesse seu propósito, por exemplo. Para as pessoas que não identificaram seu caminho por não ter encontrado o seu propósito, então qualquer caminho serve, como já dizia o gato da fábula de Alice no país das maravilhas.

Essa falta de um propósito na vida das pessoas que não se importam muito com o que farão no futuro, deixando a influência dos colegas, da família, dos ambientes ou até da pressão social, costumam gerar uma confusão mental, causando muitas dúvidas do que a pessoa irá se tornar. Elas fazem escolhas baseadas nos colegas, no retorno financeiro, na busca de prazeres momentâneos, ou no sentido da manada seguindo a moda do que está em evidência no momento. Acabam se esquecendo de quem são, perdendo sua identidade, ocultando seus sentimentos, escondendo suas vontades para poder agradar outras pessoas como nossos pais, professores, amigos, familiares e a sociedade em geral. No final das contas estamos nos anulando em função de atender as outras pessoas que na maioria, não se importam tanto com o que você irá se tornar.

A interferência que há nisso tudo se resume no fato de fazer algo que desaponte ou decepcione as pessoas que a gente tem grande consideração como nossos avós, pais, cônjuges, familiares e amigos próximos. Temos medo de decepcionar os outros. Sentimos que estamos fazendo algo errado. Colocamos todas essas pessoas nas nossas cabeças e imaginamos elas nos dizendo que não deveríamos seguir por esse caminho. Nós mesmos criamos em nossa mente tudo aquilo que a gente acredita que os outros irão pensar da gente, sendo que podemos estar completamente enganados. E se não estivermos enganados, e eles pensarem exatamente como a gente imagina que eles irão agir (como no caso de uma desaprovação mesmo), que possamos ultrapassar essa barreira e mostrar para eles que estão errados. Pode acontecer de quebrarmos a cara em alguns momentos e eles irão dizer que nos avisaram, mas se você tem um sonho e a convicção de quer realmente aquilo, então continue fazendo e tentando até provar para eles que estão errados. Não que você tenha que fazer isso para provar para eles que estão errados, mas que tem que fazer por ser o seu sonho. Uma coisa sua e não dos outros.

É difícil de abandonar a opinião alheia, ou complicado demais de tirar essas pessoas da nossa cabeça nos criticando, nos julgando, nos convencendo que não somos capazes, mas é só a nossa cabeça. Por mais que alguns tenham dito que não somos capazes, por mais que alguns realmente pensem que não iremos conseguir, por mais que eles demonstrem que estão nos apoiando e no fundo estão torcendo contra, devemos seguir nossos caminhos. Isso são ruídos que atrapalham nossa caminhada, como na história do sapo surdo que subiu no poste, ou do menino que quebrou o gelo duro para salvar seu amigo que caiu ao esquiarem sozinhos. Se não tívemos ninguém nos dizendo nada, iríamos muito mais longe. Ou até em certos casos, a crítica de algumas pessoas até serve como combustível para seguir adiante. De uma forma ou de outra, com ou sem críticas, siga o seu caminho. Confie e acredite em você e naquilo que esta buscando. Só você pode fazer isso por você mesmo!

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