Que outra figura é tão importante em nossa vida depois de nossa mãe? Quem é o cara que vai fazer com que a gente se fortaleça nas ações e atitudes, que farão da gente pessoas de bem? Quem são aqueles que estimam por seus filhos? Quem são as pessoas que brigam com seus filhos, mas que depois em silêncio, percebe que exagerou e sem dizer uma palavra para as outras pessoas e sem querer dar o braço a torcer por estar sem a razão, acaba ficando calado, mas que reza e ora por seus filhos depois de uma discussão? Quem é esse cara que pode nos dar toda proteção e segurança para podermos seguir com nossos caminhos?
Esse cara é o pai. Outra parte importante na vida e na criação e educação dos filhos. O pai que vai ser o primeiro herói dos filhos. O pai que vai proporcionar proteção diante das ameaças externas. Esse é o pai que exerce um papel também essencial na vida de seus filhos. Sem desmerecer as mães que tem toda sua importância na criação, geração e proteção também, onde algumas guerreiras exercem seus papéis de mãe e de pai ao mesmo tempo, quando ocorre a ausência de um pai. É triste saber e constatar que existem tantas mães solteiras, que foram abandonadas pelos maridos, ou que fugiram a responsabilidade de se criar um filho, pois afinal, ele não foi gerado sozinho. Onde ficam os pais irresponsáveis e amedrontados que depois de uma boa noite de prazer, não usou proteção e gerou uma gravidez indesejada. E agora? O que fazer?
Alguns pais assumem seu posto, mesmo diante de todas as incertezas e inseguranças, sem nem saber sequer como irão lidar com isso, mas que ainda assim optaram por fazer acontecer, e encarar o desafio, devido ao seu caráter e integridade. Uma atitude que representa um alto caráter da pessoa que se prontificou a assumir o filho. Outros nem estão ligando muito para isso pensando em seu próprio “eu” e agindo de forma totalmente imatura diante de um desafio como esse. Infelizmente isso acontece muito, e ao ter mencionado isso em outro artigo, vemos muitas mães por aí tendo que se desdobrar para proporcionar amor, carinho, educação e respeito para seus filhos, fazendo papel de pai e de mãe de seus filhos.
Dizem que não eram feitos muitos estudos em pesquisas para saber o quanto é importante a presença de um pai na vida dos filhos até a algum tempo atrás. Mas que recentemente estão estudando mais os efeitos dessa participação dos pais na vida de seus filhos. Essas coisas vão mudando de acordo com o tempo. Muito antigamente, diante de uma sociedade machista, onde o homem trabalhava fora e a mulher cuidava da casa e das crianças, poderia até ser que, por conta disso, talvez a figura do pai era uma parte pouco destacada, a não ser pelos problemas mais complexos, que eram confiados aos pais para efetuar o “corretivo” nos filhos, onde depois disso, bastava apenas um olhar dos pais para podermos compreender que se algo não agradasse aos nossos pais, logo entendíamos o recado.
Nem é preciso dizer que tudo isso mudou, que as crianças de hoje em dia não se importam tanto com isso, desafiando até a nossa autoridade como pais. Fazemos quase tudo que nossos filhos pedem, onde muitos não enxergam valor nisso e acabam passando por cima disso quase que ignorando nossas ordens. Talvez nós pais estejamos exagerando em poder dar para nossos filhos tudo aquilo que a gente não recebeu de nossos pais, por conta de uma falha que deixamos ou por alguma outra coisa.
O fato é que ser pai, é mais uma dádiva nas nossas vidas. As mães também tem o seu importante papel de gerar um filho, de estabelecer a conexão, de fazer as leituras dos filhos, de educar, ensinar, dar amor e carinho, assim com os pais também tem essas funções. Existem muitos pais e mães que dão a vida por seus filhos, do mesmo modo que muitos pais não ligam muito para seus filhos, mas enxergo coisas boas em ambos os casos. Pode ser que um filho se beneficie de um pai ausente se este não der muita importância, evitando constragimentos ou exemplos ruins. Assim como os pais que se importam com seus filhos e ajudam em seu crescimento pessoal.
Presenciei muita coisa relacionada aos pais de meus amigos e familiares na infância que me fizeram aprender muita coisa. Por gostar de criança e sentir que todas deveriam ter uma proteção contra os males do mundo ao ter uma figura firme e segura ao seu lado, onde passa a confiança para a criança de que nada de ruim vai acontecer com ela naquele momento em que o pai estiver ali. Transmite uma tranquilidade para poder dar suas passadas. Te dá firmeza para poder continuar seguindo. Como ao entrar numa piscina numa primeira vez com os pais, onde nos vemos seguros dentro de seus braços.
A relação de pai e filho também é muito forte. Desde cedo a nós pais desejamos estar com nossos filhos sob nossa proteção para que nada atinja sua prole. A ansiedade para que eles cresçam e que possam fazer atividades com os pais é grande. Que eles possam estar preparados para jogar bola ou andar de bicicleta com a gente. Ou para poder compartilhar segredos com nossos filhos. Ou ainda para ter um ombro de apoio para chorar buscando na inocência de uma criança o lado bom da vida sem muitas responsabilidades de se brincar e não ter que se preocupar com o aluguel da casa por exemplo.
O papel do pai de prover, que vem a muito tempo enraizado diante de gerações, onde os pais saiam para trabalhar e colocar o alimento em casa, enquanto a mãe cuidava das crianças, ainda existe. Talvez um pouco menos, ou até mesmo de um modo contrário, onde a mãe trabalha fora e o pai fica em casa, mas que ainda perdura o mesmo padrão antigo em algumas famílias. Independente disso, na guerra dos sexos em se falar o que é melhor para os filhos, se é o pai ou se é a mãe, não faz muito sentindo, pois temos pais que são muito mais mães, assim como existem muitas mães que são muito mais pais do que os próprios. Ambos são essenciais na vida dos filhos. Ambos tem funções importantes para a evolução das crianças. São os dois que irão prover isso aos filhos. E na falta de um, terá que fazer o papel do outro e tudo bem. Muita gente se sai muito bem assim mesmo, independente do lado. Basta existir o amor.
Numa cena que me vem a cabeça quando estava com os amigos na rua, lembro de um pai que sempre estava com a gente por conta de proteger o seu filho mais novo. Quase sempre ele vinha atrás da gente para saber se seu filho estava bem. Talvez um excesso e exagero de proteção, mas que para alguns poderia parecer chato, mas que para outros poderia ser que fosse tudo que um filho quisesse que acontecesse com ele. Ou numa outra passagem recente onde escutei um homem que sempre vai a igreja aos domingos sozinho, e estava a pedir por seu filho. Que não fazemos ideia do se trata o tipo de problema que estão passando, mas que o filho é sempre lembrado e colocado nas preces daquele homem quieto, calmo e solitário do canto da igreja, que nos cumprimenta com um simples “oi” nas manhãs de domingo.
O pai é algo que a gente relaciona com a história divina de Deus e Jesus Cristo e nos emocionamos ao relembrar da história do Homem que mudou a humanidade toda com suas ações e seu relacionamento com seu Pai. A relação que vejo entre o Deus e Jesus é de uma relação extremamente forte. Uma relação intima e tão aberta que nos transmite a transparência de como uma relação deve ser com toda a simplicidade, verdade e respeito entre ambos. Muito mais do isso, deve haver algo muito mais divino que humano, mesmo Jesus tendo experimentado da humanidade, ainda sim a ligação divina entre Eles é de pouco ou quase nenhum entendimento de nossa parte humana. Como deve ter se passado entre Deus e Jesus em toda a passagem que seu Filho esteve aqui na terra ao se submeter aos sofrimentos dos homens e nos transmitir seus ensinamentos, fica difícil de se imaginar o Pai vendo seu Filho sofrer na mão dos homens e ainda sim receber a misericórdia de Deus a pedido de Jesus de perdoá-los pois eles não sabem o que fazem.
Qualquer outro pai com alguns poucos poderes ao ver seu filho sofrendo, enviaria um raio, um dilúvio, ou ainda uma série de pestes para arrasar com todos aqueles que fizeram mal ao seu filho amado. Que pai não faria algo do tipo para se vingar daqueles que fizeram mal a seu filho? Que pai não iria chorar pela vida de seu filho passando aos seus olhos e sem poder fazer nada (ainda que Ele pudesse fazer, mas não fez a pedido de seu filho)? Como podemos nos segurar como pais, ao ver nossos filhos chorando e sofrendo maus tratos por parte das pessoas? É algo realmente inexplicável e inteligível a nossa compreensão.
Não tenho nenhuma autoridade ou sequer capacidade para falar a respeito disso, mas que dentro da minha total ignorância e sem saber ao certo de toda a história de Jesus, estou apenas escrevendo a respeito do que imagino ter se passado naquele tempo. E não que essa relação seja mais importante do que a relação entre mãe e filho, pois é também muito intensa e de uma divindade tamanha o fato de se ter um ser humano sendo gerado dentro da mulher, que portanto ambas as situações tem o seu devido grau de importância.
O papel do pai na vida de um filho é essencial para seu desenvolvimento e ninguém tem dúvida disso. Seja um pai, ou padrasto ou até mesmo de qualquer pessoa que faça a sua parte como pai, como um tutor e que considere como seus filhos, já faz parte dessa relação tão bonita e mágica. Viver a vida no sentido de se fazer algo por seus filhos, ou de servir a nossos filhos toda e qualquer atividade pela qual fizemos a diferença na vida deles, já é considerado algo tão grande que fez a vida de seus filhos ter tido mais sabor.
Passar e retransmitir valores e princípios para nossos filhos, com certeza irá realizar na vida de seus pais, um sentimento de obra realizada em alguém muito importante para nós. E mesmo dentro de brigas e desavenças, ainda exista lá dentro todo o amor de se querer desejar o bem maior para seus filhos, como também para seus pais, ao colocar em nossos pensamentos a intenção que ambos se sintam bem mesmo diante de frustrações, decepções e sofrimentos gerados por pais e filhos. Que os filhos possam criar maturidade para entender seus pais, e que os pais possam ter paciência com seus filhos para que eles possam crescer e se desenvolver, com respeito, carinho e muito amor entre eles, onde ambos estão sempre aprendendo um com o outro.
Não importa o que possa ter acontecido, ou se tivemos bons ou maus pais, mas que houve o momento que culminou na importância de se ter uma vida nas mãos para cuidar. Bem ou mal, muitas coisas aconteceram e que cabe a cada um saber ressignificar o que se passou e aprender com isso. Sendo superior ao que se deu. Sendo maior do que os problemas que possam ter vindo a acontecer, mas que um lado ou o outra tenha a consciência de aquilo valeu a pena ter acontecido para transformar filhos em filhos e pais em pais. E assim a vida segue fazendo com que a gente aprenda cada vez mais. Sempre aprendendo!