Gerar valor. O que a gente pode fazer para gerar valor para as demais pessoas? O que podemos fazer para ajudar o próximo? As vezes tenho em mente muito disso de querer ajudar os outros, mas que acabo não sabendo ao certo como fazer isso. Talvez ainda eu tenha que lidar com algumas travas como preconceito, vergonha, opinião alheia (que ainda não foi totalmente expurgada da minha mente) e uma série de outros fatores que me impedem de continuar.

Vejo muitas pessoas com problemas. Presencio muitos amigos, parentes e pessoas próximas mesmo com certas dificuldades, e que parece ser tranquilas de se solucionar para alguém que está de fora, sem sentir o que realmente se passa com essa pessoa na realidade. E ao falar isso para as outras pessoas, de querer ajudar, parece que eu não consigo transmitir essa mensagem adiante. Parece que as pessoas acabam não dando muita atenção para o que eu digo. Que não transmito aquela sensação de estar certo, ou de como fazer isso, pois problemas, todo mundo tem. Muitas pessoas tem dificuldades em se relacionar. Outros tem problemas com a família, com a saúde, com a profissão, com suas dúvidas existenciais, assim como sempre tive. Não é nada fácil sair dessas situações. Mas também não é nada impossível.

Talvez fazer um exame de consciência e investigar a fundo tudo aquilo que se passa dentro de nossa cabeça. Nossos sentimentos perante às outras pessoas. Talvez até um estudo mais profundo para vasculhar na sua mente tudo aquilo que você passou para então tentar desvendar aquilo que a gente procura. É muito nítido de se ver por aí a quantidade de pessoas que estão descontentes com seus trabalhos, com seus afazeres, com sua situação pessoal, profissional, espiritual e tudo mais. Muita gente está perdida, assim como eu também estou. E não estou aqui como um cara que vai fazer com que você se conecte com o seu “eu” interior, pois eu sou esse cara que nem identificou, ou pelo menos, ainda não encontrou esse caminho. Não tenho ainda esse conhecimento concreto aqui dentro.

Assim como muitos outros, eu também estou perdido e sem rumos, com dúvidas, com incertezas e inseguranças que me impedem de seguir adiante. Pode ser realmente que assim como o professor Clóvis de Barros Filho nos diz, muita gente viverá mal e não encontrará o seu lugar na terra, a grande maioria viverá assim mesmo. E não seria interessante poder ajudar de alguma forma, fazendo com que essas pessoas encontrem o seu lugar na terra? Não seria bacana ter a leitura dos acontecimentos das outras pessoas a ponto de poder ajudá-las a se desenvolverem e encontrar o seu sentido na vida? Daí a vontade de querer ajudar as outras pessoas a também se alinharem em sua rota de vida para chegar onde desejam.

Estamos aqui nessa terra de passagem da qual, logo partiremos, e não seria legal a gente poder usufruir de todas as oportunidades que a vida nos traz? Seria realmente muito entristecedor imaginar uma vida feita de tarefas rotineiras sem muitas ambições e desejos genuínos de se fazer o bem ao ajudar o próximo. O que podemos fazer aqui nessa vida que valeria a pena ter vivido, e ainda por cima, ter vivido bem, se não o fato de contribuir com os nossos próximos? Qual seria a graça de uma pessoa nascer, crescer e morrer sem ter feito muita coisa significante para a vida das outras pessoas? Não teria muita graça nisso.

Grande parte das pessoas, estão vivendo uma vida de dores, reclamações, brigas, desavenças, desequilíbrios em suas vidas, fazendo coisas ruins para os outros, como matando, roubando, criticando, zombando, vivendo a vida dos outros, e mais uma série de outras coisas para benefício próprio. De querer levar vantagens, de querer aparecer e mostrando um status irreal de suas condições, ou ainda de querer viver a vida de outras pessoas, sem ter vivido a sua própria vida, sem ter notado a sua própria existência.

Isso tudo nos faz pensar e chegar mais próximo das respostas do sentido da vida realmente, que acaba se tornando mais forte o argumento de querer fazer o bem para o nosso próximo realmente. De servir ao outro. De dar a mão. De fazer o bem sem olhar a quem. Uma onda gigante de boas condutas, pode causar uma avalanche de bons resultados impulsionando mais pessoas a fazerem isso e levando adiante como uma onda mesmo faz quando carrega tudo para a areia da praia. Já imaginou a força positiva que isso pode ocasionar onde todas as pessoas possam confiar e acreditar que um mundo melhor pode sim ser recomposto gerando valor para todos?

Uma ideia utópica, uma fantasia, um sonho ou um devaneio deslumbrante de nossa cabeça? Pode ser que sim, mas que toda grande e boa ideia, parte de um único pensamento, de uma única fagulha que inicia um fogo que propaga em todas as direções. Devemos ter pelo menos a ideia e a noção de que isso pode fazer com que se inicie uma mudança. Temos que partir de algum início, mesmo que parece ridículo ou fantasioso de nossa parte. Cabe a nós transformarmos a ideia no seu equivalente concreto.

O lance de ajudar as pessoas pode te trazer um certo desconforto, ou até mesmo uma certa vergonha em realizar essa atividade. Pode fazer você pensar que as outras pessoas vão imaginar coisas de você. E qual a importância disso para você? Que diferença isso faz? O que vai mudar na sua vida, o que os outros irão pensar de você por estar realizando uma tarefa que vai beneficiar muitas outras pessoas? É uma coisa boa que você vai estar fazendo. É uma excelente atitude que só fara o bem, então por que devemos ter esse sentimento de vergonha ou receio de algo? Não se importe com o que os outros irão dizer. Muitos vão falar. Outros irão criticar. Muitos outros não vão dizer nada. E ainda tantos outros não darão a mínima para o que você estiver fazendo. Então diante de tudo isso, qual é realmente a importância de se levar em consideração a opinião dos outros? Não vale a pena ficar pensando nisso. Vamos fazer e ponto final.

A forma genuína de querer ajudar as pessoas, soa muito como uma coisa nobre mesmo. Honrar as pessoas pelo qual nos ajudaram e fizeram alguma coisa que nos fez evoluir. Nossos amigos, professores, pais e até desconhecidos que passaram por nossas vidas e deixaram uma marca ao nos ensinar. Isso é muito legal, pois nos momentos mais angustiantes de nossas vidas, iremos lembrar pelo menos desse ou daquele que fez algo relevante por nós. E quem não gostaria de ser lembrado por ter feito algo importante para o outro? Quem não gostaria de estar no hall da fama de gente que te colocou lá por conta de uma pequena “mãozinha”. Servir o próximo. Gerar valor para o outro. Fazer com que a sua existência seja importante e significativa para outros. Imortalizar essas pessoas em nossos corações. Está aí a grande razão da vida.

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